A Luta do Século
Não é de hoje que a realidade cinematográfica vem ultrapassando a própria tecnologia 3D e se embrenhando na nossa realidade. Os americanos depois de tentarem detonar o WTC através de Hollywood profetizaram a queda das torres gêmeas no fatídico 11 de setembro, já em “Avatar” se compararmos diretinho com “As Veias Abertas da America Latina”, também veremos uma grande ligação entre a obra de Eduardo Galeano e o filme de James Cameron. Para ficar mais perto do que nossos olhos podem ver, há pouco desfrutamos de um reality “freak” show no Complexo do Alemão que trouxe Tropa de Elite para a realidade do povão e ontem, justamente ontem, que todos falavam em uma Luta do Século tivemos três minutos e vinte e cinco segundos de algo que ficou distante de ser Rocky Balboa versus Apolo, o Doutrinador. Aliás, doutrina é o que não faltou na cuequinha de Vitor Belford que tinha estampado na frente o nome “JESUS”.
Analisando a “Luta do Século” através de sua duração, percebo que até o magricela do Daniel San conseguiu nos dar mais emoção com o seu Karate Kid do que o combate entre Anderson Silva e Vitor Belford.
No último filme em que Stallone viveu Balboa, há um trecho em que ele paga uma lição de moral ao seu filho fracote. Neste diálogo fica claro o que importa a um lutador: “Isso não se trata de quão forte pode bater. Se trata do quão forte pode ser atingido e continuar seguindo em frente...”. Nos tempos em que a vida imita a arte, as lutas do cinema permaneceriam anos luz a frente de nossos lutadores no quesito emoção, entretanto, isso jamais poderia ser levado ao extremo se não fosse pelo histórico ato de amor da noite de ontem.
É isso aí camaradas! Nós não perderíamos essa piada, mesmo correndo risco de tomar porrada.
Para todos, aqui estamos!
John Gavanga.
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